Massa de legumes

Já consegui fazer mais uma massinha porreira, toda à base de vegetais, com ingredientes saudáveis e que no fim se come muito bem.

Vou-lhe chamar "Hino ao Bróculo" - porque quero acabar com o problema do mundo em comer bróculos
Para esta massa, em quantidade para 2 pessoas vai ser preciso:

massa (DUH) - a quantidade que habitualmente colocam. Não me vou pôr a dizer quantidades, porque eu própria nunca consigo repetir uma dose que ponha

Um pimento amarelo, laranja, vermelho, verde, a côr que mais gostarem, eu pessoalmente adoro o amarelo. Os sabores são iguais, mas cozinhar com um prato cheio de amarelos é bestial!

Uma couvete de cogumelos frescos, comprem inteiros, deixem-se de ser preguiçosos, para poupar algum dinheiro porque os laminados são 50 cêntimos mais caros

Uma cabeça bem grandinha de bróculos. ATENÇÃO! Eu ABOMINAVA a existência de bróculos. O cheiro dava me vómitos. Olhar para eles dava me nauseas. E agora como-os de qualquer maneira. É tudo uma questão de os saber cozinhar e mais que tudo, aceitar o facto de que vamos mastigar um legume e que nos vai saber bem. Acredito seriamente que o estigma de os legumes serem maus se mantém de criança até sermos adultos e ficamos sempre relutantes em comê-los e gostar. Tira-nos um bocadinho do que éramos.

Vinho branco. Meio copo

Três nozinhas de manteiga, ou banha (vá, estraguei-me aqui só um bocado)

Quatro colheres de sopa de azeite

Duas colheres de sopa de sal

Pimenta g.f. (se não sabem o que é, leiam o primeiro post de todos)

Duas colheres de sopa de molho inglês (nham nham)

Um pacote de natas de soja (sim, de soja, natas de origem vegetal). Em alguns sítios encontram "Bebida de soja para culinária". Também serve, é mais líquida, mas o sabor é quase o mesmo.

Um pacote de massa integral, ou então massa de legumes, podem usar qualquer tipo de massa, excepto esparguete, acho que não tem nada a ver com o prato e para mim a maneira como o prato está apresentado também ajuda no chop chop. Eu usei espirais de espinafres.

Mete-se a massa a cozer com uma das nozinhas de manteiga e uma colher de sopa de sal e deixa-se em lume brando, para irem cozendo à medida que se vão preparando os legumes. Cortem os cogumelos às tiras fininhas, cortem o pimento de forma rude, assim aos quadrados grandinhos, porque fica delicioso quando absorve o sabor dos molhos, e os bróculos, tentem dividir os talos o máximo possível para ficarem pequenas "árvorezinhas" quando caírem na panela. São mais fáceis de digerir. Quando conseguirem comer da primeira vez deixam de ter este problema.

Duas nozes de manteiga ou banha e as quatro colheres de sopa de azeite são colocadas numa panela que tenha uma tampa (digo isto porque é sempre um "Onde Está o Wally?" quando preciso de uma tampa na minha casa) e colocam-se os legumes todos, o sal, a pimenta, o vinho e o molho inglês. Coloca-se a tampa e deixa-se durante 5 minutos a cozer ligeiramente os legumes.

Quando levantarem a tampa, os bróculos devem ter reduzido de tamanho e se espetarem um garfo, e eles estiverem moles, é sinal que podem continuar. Adicionam o pacote de natas de soja, ou o substituto, e mexem para se misturar com todos os legumes. Daí a dois minuto, apaguem o lume. Retirem a massa da panela para um escorredor, e juntem os legumes com o molho na massa. Misturem tudo muito bem.

Et voilá!

Amanhã vou trazer o meu leitor de cartões, porque tirei umas fotos deliciosas destes pratos que vos falei. Já estou a magicar o próximo. Aproveitem! Já agora, gostava de vos sugerir uma coisa. Para todos os que têm uma vida profissional aqui no centro de Lisboa, experimentem ir a pé, em vez de ir de metro ou de autocarro. Quando temos vidas monótonas e monocórdicas, como eu costumo dizer, nem nos apercebemos do prazer que dá ver a vida a passar por nós. A mim dá-me muito prazer, não só por saber que o andar me está a fazer bem, mas porque gosto de observar o que se passa nesta cidade caótica. Há uns dias andei desde o hospital de Santa Maria até ao Marquês de Pombal. E nem vos digo o quanto me soube bem, para ver se vocês experimentam e me dizem o que sentiram.

Nham nhamem-se!